Tleco, [tl]ave, atlas: O que sílabas marginais /tl/ podem revelar sobre o desenvolvimento da Fonotaxe na fala infantil?

Andressa Toni

Resumo


Este artigo toma as sílabas /tl/ para discutir o papel de generalizações sobre o input e de evidências negativas indiretas na construção do conhecimento fonotático da criança. /tl/ configura-se como um encontro consonantal que poderia ser produtivo (pois /t/ é produtivo em C1CV e /l/ é produtivo em CC2V), mas seu uso beira 0% de frequência. Testes de produtividade/aceitabilidade com adultos constatam a marginalidade de /tl/ em comparação a sílabas atestadas e não-atestadas em PB. Para checar se sílabas /tl/ seriam classificadas pela criança como malformadas (pela ausência no input) ou bem-formadas (pela generalização das permissões fonotáticas de C1 e C2), um teste de repetição de pseudopalavras observou a produção de /tl/ em comparação a /tɾ, dɾ/ e /pl, bl/. Os resultados apontam que a produção inicial de /tl/ é baseada nas generalizações fonotáticas sobre C1 e C2, sendo posteriormente refinada com base na ausência de input (evidências negativas indiretas).


Palavras-chave


Fonotaxe; Ataque ramificado CCV; Julgamento de aceitabilidade; Sílabas /tl, dl, vl/.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v24i4.21251

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