O signo linguístico entre Saussure e Benveniste: ainda de sua natureza “arbitrária” e “necessária” e sua relação com o sujeito falante/locutor

Jomson Teixeira da Silva Filho

Resumo


A arbitrariedade do signo se configurou como um afastamento de Benveniste em relação a Saussure, ou uma ultrapassagem daquele em relação a este, ao propor a relação necessária entre os constituintes do signo linguístico. Neste artigo, questionamos essa ultrapassagem especialmente no que tange ao sujeito na teorização saussuriana como aquilo que o próprio Curso de Linguística Geral (1916) projetou para a ciência linguística futura e um princípio que foi aplicado por Benveniste em sua teorização sobre a linguagem. Argumentamos sobre a noção de sujeito em Saussure, e ainda, sobre a interpretação de Benveniste (1976[1939]) do signo através daquilo que foi possível ao autor ter acesso dos textos saussurianos, como destaca Normand (2009). Assim, não defendemos que Benveniste ultrapassa Saussure ao propor as duas dimensões da linguagem, semiótica e semântica, mas que Benveniste soube “ler” Saussure, tomando-o como “em primeiro lugar e sempre o homem dos fundamentos” (BENVENISTE, 1976, p.  35).  


Palavras-chave


Benveniste; locutor; relação arbitrária e necessária do signo; Saussure; sujeito.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v23i3.17632

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