“As coisas significam alguma coisa?”: sobre as limitações do arbitrário do signo

Luiza Milano

Resumo


O presente artigo apresenta uma reflexão sobre o conceito de arbitrário do signo linguístico. Para tanto, toma como ponto de partida a noção benvenistiana de Aparelho Formal da Enunciação, dando especial destaque para as categorias de pessoa, tempo e espaço. Ao analisar essas categorias em recortes oriundos do campo da literatura e do cinema, busca-se empreender um questionamento acerca do estatuto teórico-metodológico do objeto de uma linguística que pressupõe a experiência do falante-ouvinte. Os desdobramentos dessa questão passam pela revisão dos estudos já conhecidos sobre o tema do arbitrário, acompanham alguns deslocamentos teóricos operados no campo e, finalmente, tentam avançar até uma interrogação sobre os limites dessa importante noção-chave da linguística saussuriana.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v23i3.17567

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