A prática de análise linguística na BNCC e a perspectiva sociocultural de ensino e aprendizagem: (in)congruências teórico-metodológicas

Francieli Matzenbacher Pinton, Romário Volk, Rosana Maria Schmitt

Resumo


Considerando que a Base Nacional Comum Curricular é um documento de caráter normativo e objetiva determinar as práticas pedagógicas desenvolvidas nas três etapas da educação básica, focalizamos, neste artigo, a área de Linguagens, em específico a disciplina Língua Portuguesa, a fim de analisar em que medida o eixo de Análise Linguística/Semiótica, anos finais (6º a 9º ano – Todos os Campos de Atuação), apresentado na BNCC, alinha-se à perspectiva sociocultural de ensino e aprendizagem, promovendo uma formação crítico-reflexiva. Os resultados apontam uma dicotomia, no eixo de Análise Linguística/Semiótica (Todos os campos de atuação), em relação ao que deve ser feito “para” o aluno e “como” isso deve ser feito: enquanto uma perspectiva sociocultural assume que, para que o aluno desenvolva a autonomia linguística, é imprescindível construir andaimes de aprendizagem, a BNCC, assumindo esse mesmo objetivo, não apresenta uma estrutura de habilidades para o ensino de Língua Portuguesa que possibilite essa construção.

Palavras-chave


BNCC; Prática de Análise Linguística; Teoria Sociocultural.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v23i2.17277

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