Pluralidade cultural nos parâmetros curriculares nacionais: uma diversidade de vozes
Resumo
O objetivo deste artigo é refletir sobre os sentidos atribuídos à “pluralidade cultural” no volume dedicado a esse tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL/SEF,1998a).Como marco teórico, lançamos mão da concepção dialógica da linguagem (Bakhtin, 2003; 2004) e de perspectivas enunciativas (Authier- Revuz, 1982; 1998; Maingueneau, 1997; 2002). Para analisar os discursos e os sentidos que constroem o tema da pluralidade cultural nos PCNs, utilizaremos o conceito de heterogeneidade discursiva operacionalizado por Authier-Revuz (1982; 1998; 2004). Dentre os diferentes tipos de manifestações da heterogeneidade mostrada, voltamo-nos para o uso da modalização autonímica, mais especificamente o uso das aspas, marca que reflete a diversidade de vozes que constituem os enunciados e se mostra como importante categoria de análise para os estudos enunciativos. O estudo levou à conclusão de que no documento analisado não há qualquer tipo de menção à ambigüidade cultural e às relações historicamente construídas entre grupos e indivíduos.
Palavras-chave
pluralidade cultural; Parâmetros Curriculares Nacionais; heterogeneidade enunciativa; modalização autonímica
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.15210/rle.v12i2.15715
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Qualis: A1 (Letras, 2016)
ISSN (digital): 1983-2400
A Revista Linguagem & Ensino adota a política de acesso aberto conforme a Licença BY-NC-ND 2.5 BR da Creative Commons.