Que exílio é este, “o da Língua Estrangeira”?

Ana Pederzolli Cavalheiro

Resumo


O sujeito, constituído enquanto tal pelo acesso à linguagem, quando “toma a palavra” na língua estrangeira vivencia algum estranhamento. No entanto, tal experiência também lhe é, de alguma forma, familiar. Vemos que aí os opostos coexistem e se confundem: satisfações e repulsas, risos e desconcertos, estranho e familiar. Outras palavras, outros sentidos, outros sons e movimentos articulatórios diferentes favorecem ao aprendiz regredir ao “infans” e desestabilizar o sujeito de língua materna. Baseandonos em fundamentos da Análise de Discurso (AD), da Psicanálise freudo-lacaniana e da Teoria da Enunciação (Authier-Revuz), com este trabalho verificamos, no início do processo de aprendizagem de uma língua estrangeira por alunos adultos, que o estranhamento ou a familiaridade para como a língua estrangeira estão condicionados por aspectos de ordem do inconsciente e da memória histórica.

Palavras-chave


estranhamento; familiaridade; língua estrangeira

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v11i2.15694

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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