Da interrogação

Paulo L. R. Sousa, Ricardo T. Pinheiro, Ricardo A. Silva

Resumo


Diferentes campos de investigação interessam-se pelas formas interrogativas dos discursos. Psicanalistas, filósofos, lingüistas, pesquisadores das ciências naturais, todos eles fazem uma freqüente utilização de interrogações em seu trabalho. Paradoxalmente, os fundamentos teóricos da pergunta são quase ausentes na literatura, com exceção de alguns estudos filosóficos e lingüísticos. Provavelmente o campo mais contraditório a esse respeito é o da psicanálise, porque os psicanalistas apresentam uma atitude de recusa para estudar a pergunta, ainda que eles a utilizem freqüentemente em seus diálogos terapêuticos. Este ensaio tem o objetivo de buscar construir uma teoria para as interrogações, fundamentalmente baseando nossas considerações nas investigações lógico-filosóficas e lingüísticas. Recentes desenvolvimentos nesses campos permitem elaborar alguns construtos teóricos, especialmente apoiados nas lógicas não-consistentes, como a lógica “fuzzy”, a qual abre um novo campo para investigações sobre a pergunta, com conseqüentes desenvolvimentos em bases teóricas e clínicas. Há, conclui-se, um interesse psicanalítico e de outros campos nesse assunto.


Palavras-chave


perguntas, teoria, filosofia, lingüística, lógica, psicanálise

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v5i2.15561

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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