Os aspectos ‘políticos’ de uma política de ensino de línguas e literaturas estrangeiras

Hilário Inácio Bohn

Resumo


A definição de uma política de ensino de línguas estrangeiras é uma tarefa complexa. Envolve inúmeras questões e exige a participação de professores, lingüistas aplicados, pesquisadores, administradores, líderes comunitários e autoridades do governo. Este trabalho aborda o problema da definição de uma política de ensino de línguas no país. As noções de estruturas de poder econômico, ideológico e político são definidas e discutidas em relação à atual rede global de poder. A análise mostra que o poder ideológico e político desempenha um papel subordinado nas atuais relações nacionais e internacionais de poder. Como conseqüência, as prioridades econômicas, de produção e de lucro, ditam os objetivos da educação nas escolas, ignorando valores humanos como a tolerância, a cidadania, a expressão e variedade culturais. Este trabalho propõe que professores e lingüistas aplicados, ao sugerir uma política nacional de ensino de línguas, devem desenvolver uma vontade política nacional pelos objetivos de uma política de ensino de línguas estrangeiras e, através de ação e participação política, convencer as lideranças comunitárias, educacionais e governamentais do valor educacional e profissional da aprendizagem de línguas estrangeiras. O trabalho termina chamando a atenção dos leitores para o perigo de as autoridades ‘venderem’ a aprendizagem da língua estrangeira para organizações comerciais privadas.


Palavras-chave


Língua Estrangeira, Política, Ensino, Aprendizagem

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v3i1.15515

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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