Questões e controvérsias sobre uma experiência de curso via Facebook

Ana Elisa Ribeiro

Resumo


As práticas sociais têm configurado espaços de interação, em ambientes digitais, mais ou menos análogos a espaços nao-virtuais. Os chats ou perfis de redes sociais (Orkut, Twitter, Facebook, para citar as mais populares) parecem servir a padrões interacionais distintos daqueles solicitados ou configurados em, por exemplo, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Um usuário contumaz do Twitter sabe que o utiliza, por diversas razões, de modo diferente do que faz com sua conta de Facebook ou seu perfil em um AVA. Neste trabalho, coloco em discussão questões de letramento e de práticas de interação em um espaço virtual a que geralmente se atribui um uso "social", e não um uso "escolar": o Facebook. No segundo semestre de 2012, decidi ministrar uma disciplina de especialização oferecida por uma escola pública federal no Facebook, em um grupo fechado. Algumas ocorrências com o Moodle e minha vontade de experimentar me levaram a fazer essa escolha, que, inicialmente, pareceu estranha aos alunos. Ao longo de três meses, a disciplina Novos Letramentos ocupou o Facebook e as interações lá ocorridas e registradas me servem de base para esta discussão. Além dos dados salvos pela plataforma, há ainda aqueles gerados por um formulário/questionário respondido, posteriormente, pelos alunos. Letramento digital e a interação entre práticas sociais/tecnologias/ambientes são elementos relevantes para esta discussão, que considera bem sucedida a experiência de letramento propiciada pela proposta.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v17i3.15312

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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