A estética intersemiótica de Alexandre Orion

Ana Claudia de Oliveira

Resumo


Tratando os encadeamentos dos enunciados de estados movidos pelos enunciados de transformação, A. J. Greimas estatuiu a narratividade como um universal de todos os tipos de manifestações humanas e elaborou uma gramática narrativa baseada na lógica da junção com os estados de conjunção vs. disjunção, desenvolvendo uma teoria das modalidades do ser e do fazer principalmente voltada aos discursos manipulatórios, da ação dos homens sobre os homens, e aos discursos de regulação das coisas, objetos e dos próprios homens. Apoiado nesse quadro conceitual E. Landowski conceituou a lógica da união em complementariedade à da junção para dar conta das afetações sensíveis, assim como do imponderável dos acidentes imprevisíveis. Em um atuar articulado esse último postulou a homologação entre regimes de interação, risco e sentido que aborda a dinâmica da circulação dos vários procedimentos estruturantes das manifestações de linguagens. Com esses subsídios teórico-metodológicos é que me lanço na análise da problemática da infância na cidade grande nos termos que o paulistano Alexandre Orion, artista intervencionista, propõe em suas obras intersemióticas na cidade de São Paulo. As linguagens em articulação mostram em sua explicitação do funcionamento das várias semióticas convocadas na configuração da obra de Orion como cabe ao homem, ser de linguagem, promover uma outra construção do social mostrando como essa é obra da interação entre os viventes que têm a força de ruptura do status quo.

 


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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v21i1.15161

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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