A EPISTEMOLOGIA EVOLUCIONISTA DE GRIFFITHS E WILKINS E O PROBLEMA DO CETICISMO GLOBAL
Resumo
As implicações da teoria evolutiva em epistemologia ganharam força após o movimento de naturalização da epistemologia realizado por Quine. Contudo, a visão evolucionista da epistemologia enfrentou um forte desafio trazido pela objeção de Plantinga (2011), que apontava que a epistemologia evolucionista era inviável por levar a um tipo de ceticismo global. O objetivo principal do presente artigo é apresentar a formulação da epistemologia evolucionista de Griffiths e Wilkins (2015), e como o desafio de Plantinga é superado. Para realizar tal objetivo, evidenciaremos como os autores reconectam as noções de verdade e sucesso prático em seu princípio metaepistemológico da Ponte de Milvian. O objetivo secundário do presente artigo, por sua vez, é apresentar a objeção desenvolvida por Christos Kyriacou (2016, 2017), que por uma estratégia diferente da utilizada por Plantinga, visa mostrar que a perspectiva de Wilkins e Griffiths se autorrefuta e, novamente, recai em um problema de ceticismo global.
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