A subversão do tempo e o espaço configurado em Juan Rulfo e Guimarães Rosa - Páramo, Luvina e El hombre ou, ‘aonde nos levou o sonho’?

Cláudia Lorena Fonseca

Resumo


A obra de Guimarães Rosa guarda muitos pontos de contato com a de Juan Rulfo, tanto no que diz respeito a seus aspectos temáticos, quanto aos formais. Dentre estes últimos, muito estudados, chamam especialmente a atenção aqueles relacionados ao espaço, o qual, na obra dos autores, não pode ser pensado fora de sua relação com o tempo, que, em diferentes níveis, altera o espaço, pela forma como estes o manipulam, a partir de jogos com a linguagem, constituindo-se em coeficiente de ineditismo e originalidade em sua obra, ao possibilitar que se configurem realidades outras. Neste estudo, aproximamos o brasileiro e o mexicano, portanto, a partir dessa hipótese. Para tanto, nos valemos dos resultados da investigação empreendida por autores tais como Mikhail Bakhtin e Paul Ricoeur, além dos pressupostos de Tiphaine Samoyault, para pensar o diálogo intertextual entre Rosa e Rulfo, a partir da análise dos contos “Páramo”, “El hombre” e “Luvina”.

Palavras-chave


Guimarães Rosa; Juan Rulfo; Tempo; Linguagem; Intertextualidade.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v24i1.20419

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