A sala de aula de alemão LE para falantes de dialeto: realidades e mitos

Dorotea Frank Kersch, Carina Maria Sauer

Resumo


Muitos dos mitos que povoam o imaginário de professores de língua materna estão presentes também nas aulas de língua estrangeira, de modo especial nas de alemão padrão a falantes de variedades de menor prestígio dessa língua. No presente estudo, temos como objetivo identificar as concepções de alunas e professora em relação ao dialeto nas aulas de alemão padrão. Para essa finalidade, acompanhamos, durante um mês, as aulas de alemão padrão numa turma de alunas do primeiro ano do ensino médio, numa escola de Ivoti-RS. Além das observações, foi também aplicado um questionário que objetivava identificar qual a concepção das alunas em relação às interferências que o dialeto podia ter nas aulas de alemão padrão, considerando as quatro habilidades: ler, compreender, falar e escrever. Além disso, o questionário procurou verificar que atitudes – preconceituosas ou não – as falantes tinham em relação a sua língua materna. Os resultados mostram que há indícios de que o dialeto é um elemento facilitador na aprendizagem do alemão padrão, especialmente no que diz respeito à compreensão, à leitura e à desenvoltura na fala dessa língua estrangeira. Diferente do que
muitos pensam, o dialeto aparenta não interferir de forma negativa nas aulas de alemão padrão, ao contrário, produz efeitos muito positivos. Apenas em relação à escrita grande parte das alunas considera o fato de serem falantes bilíngues (português-alemão) um dificultador.

Palavras-chave


mitos; preconceito; ensino de alemão; bilinguismo

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v13i1.15463

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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