Constituição do sujeito aprendiz, oralidade e livro didático de português: questões a se pensar

Paula Gaida Winch, Graziela Lucci de Angelo

Resumo


Este artigo visa a analisar como o sujeito aprendiz pode se constituir a partir da oralidade, tendo como referência a teoria Bakhtiniana, e, como corpus de análise, dois exercícios de cunho oral apresentados em um livro didático de português avaliado positivamente, em termos de oralidade (PNLD 2011). Após análise realizada, foi possível verificar que esses exercícios favorecem a formação de um sujeito capaz de utilizar a língua oral em situações públicas formais, diferentemente de seu uso cotidiano, com autonomia, no sentido de atribuir a entonação que julgar apropriada à sua produção oral e de poder assumir uma posição valorativa frente ao enunciado do outro. A oralidade, conforme trabalhada nesses exercícios, promove a interação, entendendo que a constituição de um sujeito aprendiz deve ocorrer de forma intersubjetiva e social, preservando sua singularidade, mediante o diálogo valorativo que estabelece com os demais enunciados, os antecedentes e os posteriores.

Palavras-chave


Sujeito aprendiz; produção oral; livro didático de Português; teoria bakhtiniana

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v16i1.15438

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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