A Voz do Aluno – um dizer que emerge do silenciamento, da opressão

Cloris Freire Dorow

Resumo


O presente artigo aborda a questão do poder exercido pela escola sobre os corpos, como forma de comandar, de moldar, de modificar, tendo como materialidade discursiva o discurso de dois alunos e uma aluna do grupo “Ocupa”, material obtido através de gravação de entrevista realizada pelos alunos. Este grupo surgiu como uma forma de se opor à reforma do ensino médio, promulgada pelo governo atual, sem a devida consulta aos principais envolvidos, discentes e docentes. A vertente teórica, que embasa esta discussão, é a Análise de Discurso francesa. No discurso escolhido, observou-se que o dizer dos alunos, mesmo lutando por direitos que lhe seriam concernentes, reproduz formações discursivas que demonstram dizeres prenhes de autoritarismo, advindos do discurso pedagógico. Também se pôde observar alguns aspectos que sobressaem na argumentação: as formações imaginárias que tentam prever quem é o interlocutor, assim como aspectos prosódicos como: pausas, silenciamentos que trazem para os dizeres outros sentidos.

Palavras-chave


Discurso; Escola; Poder.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v21i2.15174

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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