Práticas discursivas sobre a sexualidade na escola: identidade em (des)construção

André Nogueira Alves

Resumo


A escola é o espaço adequado à discussão sobre as questões de gêneroe diversidade sexual e suas respectivas identidades. O que ocorre forade seus muros também se reproduz em seu interior. Assim osestudantes explicitam seus anseios e contrariedades e, muitas vezes,valem-se do próprio corpo para manifestar seus desejos, que, paraalguns, são negados pela heteronormatividade compulsória. Essasituação também encontra espaço entre os docentes que nãoreceberam ou buscaram a capacitação para estabelecer um debatesaudável em relação a gênero e à diversidade sexual. O silenciamentosobre a perspectiva de gênero gera a manutenção daheteronormatividade e da homolesbotransbifobia, que faz com que oBrasil seja campeão de assassinatos de pessoas travestis e trangêneros.A ausência dessa temática, nessa perspectiva, mantém as relações degênero engessadas no modelo binário, que aceita práticas específicasde manifestação da sexualidade, negando as demais possibilidades.Quando a escola silencia a discussão de gênero e diversidade sexual, elaadere à manutenção das práticas de violência: da simbólica à física. Assituações de violência de gênero e diversidade sexual fazem parte docotidiano escolar como qualquer outra forma de violência, mas não.costumam receber a mesma atenção. Mesmo que essa intenção nãoseja proposital, sua ocorrência é material.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rle.v21i0.15137

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Qualis: A1 (Letras, 2016)

ISSN (digital): 1983-2400

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