O PROCESSO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CICLO DA BAIXA CULTURA NA ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA: UMA HISTÓRIA SEM FIM?

JULIA ELAINE DINIZ, MARILDA DA SILVA

Resumo


O objetivo desta reflexão é abrir um debate sobre a produção do fenômeno que estamos denominando: a institucionalização do ciclo da baixa cultura na Educação Escolar Brasileira. Nossas fontes são o perfil dos professores brasileiros por Gatti e Barreto (2009) conjuntamente com as informações extraídas de Gatti, Barreto e André (2011), que também dizem respeito ao mesmo perfil. O apoio teórico estrutural vem de Pierre Bourdieu especificamente no que diz respeito à noção de capital cultural. A escola pública brasileira não pode formar o homem culto, pois professores e alunos não podem, igualmente, adquirir capital cultural na socialização primária, na socialização secundária e, quiçá, durante toda vida! Não há como negar a institucionalização do ciclo da baixa cultura na escola pública brasileira. O fenômeno é produzido pela escola e alimentado por ela. E não se trata de uma questão meramente pedagógica ou didática, trata-se de uma questão política para um poder público decente!

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