A EDUCAÇÃO E O DESAFIO DE GERIR DIVERGÊNCIAS NA ESCOLA

João Paulo Ocke de Freitas

Resumo


Com base no diálogo travado entre a Sociologia, a Filosofia e a História, este artigo visa discutir aspectos teóricos e práticos que possam induzir uma gestão eficiente das divergências referentes a ideias e atitudes que se manifestam na escola e que decorrem das interações que envolvem toda a comunidade escolar. O artigo desenvolve argumentos que revelam valores e posturas definidores da atuação dos brasileiros na arena pública e no plano profissional, tendo em vista encontrar uma orientação consensual e emancipadora que sirva à comunidade escolar para lidar com a afirmação de interesses múltiplos e, muitas vezes, de complexa harmonização. O artigo conclui pela necessidade de enfrentar o debate sobre as diferenças de pensamento e comportamento no âmbito escolar sem romper com os padrões éticos que contribuem para a superação da menoridade intelectual e profissional. A escola pode ser uma instância de educação política, ao permitir o confronto de ideias e de atitudes por meio do exercício da tolerância, num meio em que vigore a reflexão independente, descolada de compromissos personalistas e distante da lógica da relação familial.


Palavras-chave


cultura da cordialidade; sociedade patriarcal; escola sem partido; gestão escolar

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