ARTESANIA, FELICIDADE, EMPATIA: ASSUNTOS NÃO GEOGRÁFICOS PARA O ESTAGIÁRIO DE GEOGRAFIA CONSTRUIR SUA IDENTIDADE DOCENTE / CRAFT, HAPPINESS, EMPATHY: NON-GEOGRAPHIC TOPICS FOR PRESERVICE GEOGRAPHY TEACHERS TO BUILD THEIR TEACHER IDENTITY
Resumo
O texto sugere discutir o que causa felicidade e sofrimento - em nós, nos alunos, na sociedade - como temas da Geografia, seja nos cursos de Graduação, seja nas aulas da Educação Básica. A partir de trechos de relatórios de Estagiários de Licenciatura propõe o estagiário como um artesão reflexivo; aquele que constrói, enquanto pratica seu ofício, sua nova identidade, a de professor. Tal processo de descoberta de si requer uma virada epistemológica, pois implica a mudança da condição de aluno de Graduação para a condição de professor. Novos papéis, novas atitudes que requerem a escuta atenta aos nossos alunos, em um conflito salutar entre tradição e rebeldia. Os autores propõem uma militância pelo recolhimento, as vezes em detrimento da militância ‘crítica’ que, aprioristicamente engajada, corre o risco de dogmatismo. Conciliar a postura de mestre que orienta, que professa com a do mestre iconoclasta. Deseja propor a formação do pensamento alargado na busca necessária, mas traiçoeira, da realidade. Valendo-se de textos literários declara a importância capital da literatura, entre tantas artes possíveis, como uma parceira para conciliar razão e emoção, produzir interrogações, ressaltar o belo e propor espantos.
ABSTRACT
The text suggests a discussion about what causes happiness and suffering - in ourselves, in students, in society - as topics of Geography, whether in school or university settings. From writting of teachers in formation, we propose the teacher as a reflective craftsman; That one who builds, while practicing, his or her work, his or her new identity, that of teacher. This process of self-discovery requires an epistemological turn, because it requires changing in condition from undergraduate student to teacher. New roles, new attitudes that require attentive listening to our students, in a healthy contest between tradition and rebellion. The authors propose a militancy for the recollection, sometimes in detriment of the 'critic' militancy that, aprioristically engaged, runs the risk of dogmatism. Reconciling the position of the master who guides, who professes with that of the iconoclastic master. We propose the formation of broad mind to necessary but treacherous search for reality. Drawing on literary writings, we declare the capital importance of literature, in addition to so many other arts, as partner to reconcile reason and emotion, to produce questions, to emphasize the beautiful, and to propose astonishment.
Keywords: Teacher identity; Preservice geography teachers; Militancy; Broad mind.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.15210/gm.v3i2.11864
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