TÉCNICAS DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL E UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES DOSES INSEMINANTES EM SUÍNOS

Fabiana Moreira, Carlos Eduardo Ranquetat Ferreira, Andrea Panzardi, Carine Dahl Corcini

Resumo


A redução do número de espermatozoides por dose inseminante (DI)/serviço, sem o comprometimento da taxa de parição e tamanho de leitegada, deve garantir a manutenção e a sustentabilidade da alta capacidade produtiva em granjas comerciais. Inovações ao longo dos anos na tecnologia de inseminação artificial (IA), incluindo a IA intra-cervical (IAIC) e IA pós-cervical permitiram o uso de menor número de espermatozoides/dose. Algumas centrais de IA produzem DI heterospérmicas formadas pelo pool ou mistura de sêmen proveniente de dois ou mais machos. Porém, este tipo de DI pode mascarar ou compensar possíveis reduções da capacidade fecundante individual. Esta revisão tem como objetivo descrever as técnicas de IA mais utilizadas para a espécie suína e abordar o impacto da utilização comercial de doses homospérmicas e heterospérmicas. O método de IAIC é o mais utilizado em granjas tecnificadas, sendo a concentração utilizada padronizada de 3,0 a 3,5 x 109 espermatozoides/DI depositados no interior da cérvix. Em contrapartida na IA pós-cervical ou intrauterina (IAIU) o sêmen é depositado diretamente no corpo do útero, visando a redução do número de espermatozoides por DI (1 x 109). A comprovação da fertilidade individual dos machos doadores de sêmen é um fator determinante quando se quer reduzir o número de espermatozoides e ao utilizar dose do tipo homospérmica com o uso de IAIC. Tecnologias de IA que permitam reduzir o número de espermatozoides e a utilização de doses homospérmicas que auxiliem na identificação de machos com alta fertilidade e geneticamente superiores podem contribuir para o aumento da eficiência produtiva dos planteis.


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DOI: https://doi.org/10.15210/sah.v1i1.485