TAXA DE NOVAS INFECÇÕES INTRAMAMÁRIAS EM VACAS LEITEIRAS, LIGADAS À PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

Tony Picoli, João Luiz Zani, Bárbara Ponzilacqua, Maria Edi Rocha Ribeiro, Geferson Fischer

Resumo


A melhoria na qualidade do leite vem sendo uma cobrança constante da sociedade e é determinada fundamentalmente pela forma como este é produzido. A qualidade microbiologia do leite é o fator mais preocupante à saúde pública e vários fatores podem influenciar nesta qualidade, sendo o principal deles o surgimento de mastites, que pode estar relacionado com condições ambientais como as chuvas. Este trabalho objetivou relacionar a taxa de novas infecções intramamárias com os índices de precipitação pluviométrica. Para tanto, foram coletadas 1917 amostras de leite para análise microbiológica e contagem de células somáticas (CCS) que foram relacionadas com o período de chuvas. Os agentes mais isolados foram Corynebacterium bovis, Staphylococcus sp. e Streptococcus sp. Entre os meses de maio-junho houveram novas infecções por C. bovis, Staphylococcus sp. e Streptococcus sp., respectivamente: 64, 20, 01 e precipitação pluviométrica de 54mm. Entre junho-julho: 43, 36, 05 e 49,8mm. Julho-agosto: 76, 42, 05 e 135mm. Agosto-setembro: 47, 18, 02 e 13,2mm. As correlações entre taxa de novas infecções e índice de chuvas foram as seguintes: C. bovis (+0,84), Staphylococcus sp. (+0,81) e Streptococcus sp. (+0,58). No período onde as precipitações pluviométricas foram maiores, as taxas de novas infecções também se elevaram. A CCS das amostras tiveram seus valores aumentados quando os números de novas infecções aumentaram. Com esses resultados, conclui-se que a precipitação pluviométrica interfere de forma negativa na produção leiteira, aumentando o número de novas infecções intramamárias.


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DOI: https://doi.org/10.15210/sah.v1i1.2116