OCORRÊNCIA DE HELMINTOS COM RELAÇÃO À IDADE E AO STATUS REPRODUTIVO DE ÉGUAS DA RAÇA CRIOULA DA REGIÃO SUL DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

Natália Soares Martins, Diego Moscarelli Pinto, Júlia Somavilla Lignon, Laís Leal da Cunha, Alice Mueller, Jose Pablo Villarreal, Fábio Raphael Pascotti Bruhn, Leandro Quintana Nizoli

Resumo


O presente trabalho teve como objetivo relacionar a ocorrência de nematódeos intestinais com a idade e o status reprodutivo de éguas de cria da região de Pelotas, Rio Grande do Sul. Para tanto, foram obtidas 125 amostras fecais de éguas da raça Crioula com idade entre 2 e 27 anos. As amostras foram analisadas por meio das técnicas de Gordon e Whitlock, modificada e coprocultura. A frequência de ciatostomíneos nas éguas avaliadas foi de 89,6% e de Parascaris equorum, 14,4%. Testes de Qui-quadrado (p<0,05), foram utilizados visando comparar a distribuição da ocorrência dos nematódeos intestinais em relação às categorias de idade (2-5, 6-10, 11-15 e acima de 16 anos) e de status reprodutivo das éguas (vazia, vazia e lactando, prenhe, prenhe e lactando). Não houve diferença estatística com relação a idade das fêmeas (p>0,05). Entretanto, quanto à condição reprodutiva, as éguas vazias e lactando foram significativamente mais propensas às infecções por ciatostomíneos (p=0,013) e P. equorum (p=0,022) quando comparadas, respectivamente, às vazias e prenhes. As fêmeas prenhes e em lactação foram significativamente mais propensas a hospedar ciatostomíneos quando comparadas às vazias (p=0,001). Nos animais avaliados, as infecções por nematódeos foram maiores nas fêmeas em lactação, que podem servir como fonte de contaminação ambiental e devem receber atenção especial na elaboração dos programas de controle parasitário.


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DOI: https://doi.org/10.15210/sah.v6i3.14106