COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE IN VITRO DA PRÓPOLIS BRASILEIRA VERDE E JATAÍ SOBRE ISOLADOS CLÍNICOS DE Sporothrix brasiliensis

Stefanie Bressan Waller, Cristina Mendes Peter, Jéssica Fernanda Hoffmann, Luiza da Gama Osório, João Luiz Zani, João Roberto Braga de Mello, Renata Osório de Faria, Geferson Fischer

Resumo


O objetivo deste estudo foi avaliar a composição química e a atividade antifúngica da própolis Brasileira Verde (abelhas Apis mellifera) e Jataí (abelhas Tetragonisca angustula) frente ao Sporothrix brasiliensis provenientes de isolados clínicos de cães, gatos e humanos. Os produtos apícolas foram preparados nas formas de extratos hidroalcoólicos, e a composição química foi determinada pela cromatografia líquida de alta eficiência acoplada à espectrometria de massas. A atividade antifúngica sobre S. brasiliensis (n: 20) foi determinada através da técnica de microdiluição em caldo (M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institute), adaptado para o uso de produtos naturais. Os extratos apícolas foram testados nas concentrações de 50 a 1,56 mg/mL, e o itraconazol utilizado como controle antifúngico foi testado nas concentrações de 16 a 0,03 μg/mL. Os testes foram realizados em duplicatas e os resultados expressos em concentração inibitória mínima (CIM). Na análise química, foi observada um maior conteúdo fenólico total em relação ao conteúdo flavonóide total, para ambos os extratos, havendo um maior conteúdo fenólico na própolis verde. Dos seis ácidos fenólicos e nove flavonóides detectados pela cromatografia, foram quantificados rutina, ácido cafeico, ácido clorogênico, ácido ferúlico e ácido p-cumárico, sendo este o último presente em altas concentrações para ambas as amostras, especialmente na própolis verde. Ao avaliar a atividade antifúngica sobre S. brasiliensis, nenhum dos extratos apresentou atividade inibitória nas concentrações testadas (CIM >50 mg/mL). Os isolados clínicos apresentaram sensibilidade in vitro ao itraconazol nas CIM >16 a 0,25 μg/mL. Entretanto, foram observadas cepas resistentes ao itraconazol.


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DOI: https://doi.org/10.15210/sah.v5i2.10571