MISTICISMO E RELIGIÃO EM HENRI BERGSON
Resumo
Neste estudo temos o objetivo de examinar o modus operandi com o qual Henri Bergson arquiteta sua filosofia da religião, centrando-nos em sua obra intitulada As duas fontes da moral e da religião. Ele versa sobre a religiosidade pari passu com a noção acerca da evolução da natureza, que constitui na expressão da criação. No que toca às duas fontes, assere sobre a religião desde o ponto de vista da institucionalidade, que representa o nicho social, como também a partir do estofo metafísico. Isso equivale aos dois sentidos da palavra religião. Para Bergson, as duas fontes, por meio da intuição, atingem a duração absoluta do universo, e fazem parte de um processo movente, em direção ao amor divino. De qualquer maneira, a religião é pensada pelo filósofo francês como consequência natural do atravessamento do élan no percurso da vida humana, capaz de, pela figura do místico, acessar o divino, se valendo da via do amor. Logo, o misticismo é designado como forma dinâmica da religião, sendo o místico, por conseguinte, não alguém que simplesmente contempla, mas que age e extrapola os muros eclesiásticos.
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