MICHEL HENRY, LEITOR DE SCHOPENHAUER

Symon Sales Souto

Resumo


Michel Henry e, em geral, os fenomenólogos contemporâneos franceses erigem sua filosofia a partir de uma determinada crítica à fenomenologia em sua originalidade, no entanto, cada qual a partir de seu próprio problema. No caso de Henry, a intencionalidade da vida consciente é, aos seus olhos, incapaz de doar a Vida, entendendo-a enquanto auto-afecção do Absoluto na absolutez de si. Sua filosofia trata, por conseguinte, da elaboração de um método fenomenológico radical capaz de reaproximar-nos daquilo que nos faz ser essa consciência intencional que deseja, seja lá o que estiver à sua espreita. No entanto, conforme nos lembra o filósofo, essa Vida já havia sido reencontrada por Schopenhauer, descrita por ele como vontade e como representação. À vista disto, pretende-se com essa pesquisa compreender em que medida a metafísica imanente de Schopenhauer contribui para a fenomenologia de Michel Henry, bem como, o ponto de divergência de ambos os autores. Para tal, utilizaremos como base Généalogie de la Psychanalyse de Michel Henry e Mundo como Vontade e como Representação de Schopenhauer. Quais seriam as implicações contidas na Filosofia Schopenhaueriana, alvo de uma consideração fenomenológica por Michel Henry?


Palavras-chave


Michel Henry; Schopenhauer; Vida; Imanência Absoluta; Fenomenalidade.

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