O PROGRAMA HABERMASIANO DE FUNDAMENTAÇÃO DA ÉTICA DO DISCURSO

Francisco Rogelio Santos, Tatiana Quirino Crisóstomo Melo

Resumo


Este artigo pretende fazer uma exposição do programa de fundamentação da ética do discurso do filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas. Para tanto, essa questão será tratada a partir do contexto histórico e filosófico do diagnostico de Karl-Otto Apel da necessidade de um novo marco de fundamentação da ética e de alguns diálogos crítico que Habermas estabelece com vários pensadores contemporâneos, a fim de construir os fundamentos necessários, para uma teoria da ação a partir da fala humana. Daí, a afirmativa que o pensador acredita ser possível através das regras implícitas na linguagem ordinária, fundamentar a Ética do Discurso no sentido pragmático universal. Ele extrai sobre os pressupostos normativos da linguagem o princípio “D” (princípio do discurso), bem como, também, a partir de uma crítica do imperativo categórico kantiano, extrai o principio “U” (princípio de universalização) de normas de ação. Conclui-se que a Ética do Discurso é compreendida como um processo intersubjetivo dialógico em que os atores visam em termos contrafactuais, o entendimento, em vista de validar as normas de ação estatuída pela comunidade dos falantes que agem em comum acordo a partir das regras implícitas da linguagem a fim legitimar as normas para a ação.

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