Da Abertura Lenta, Gradual e Segura à Anistia Ampla, Geral e Irrestrita: A Lógica do Dissenso na Transição Para a Democracia

Pâmela de Almeida Resende

Resumo


Nos últimos anos, uma quantidade significativa de estudos tem como foco o período da recente ditadura civil-militar no Brasil. As abordagens são múltiplas e envolvem diversos aspectos como os consensos estabelecidos entre parte da sociedade e o Estado, a análise do pensamento autoritário, a atuação dos movimentos de oposição etc. Inserido nesse conjunto de abordagens, este artigo tem como objetivo analisar o momento da abertura política, tendo em vista não apenas os dissensos entre os militares e os movimentos de oposição organizados naquele momento, mas também as divergências internas no interior da corporação militar. Dessa maneira, esse período seria marcado pela negociação que se dirigia para os setores insatisfeitos no interior das Forças Armadas com a condução do processo de abertura, mas também para a oposição civil que se organizava em torno de demandas como a localização dos mortos e desaparecidos, a libertação dos presos políticos, o retorno ao Estado de Direito, a anistia ampla, geral e irrestrita, entre outras. Trata-se, então, de buscar elementos que nos faça compreender alguns episódios no momento da abertura política, como a aprovação da Lei de Anistia, quando a atuação de diferentes forças se fez presente de maneira complexa e não de maneira linear como se costuma supor.


Palavras-chave


abertura política; anistia; militares.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rsulacp.v2i2.4710

DOI (PDF): https://doi.org/10.15210/rsulacp.v2i2.4710.g4054

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ISSN 2317-5338

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