Uma Genealogia Alternativa para a Justiça de Transição Brasileira

Camilla Cristina Silva

Resumo


O presente artigo visa analisar historicamente experiências transicionais e como estas podem ser articuladas enquanto legados para entendermos a justiça de transição no Brasil. Nesse sentido, buscamos no passado pós-Primeira Guerra Mundial novos caminhos sobre a articulação entre reconciliação e justiça. Em perspectiva nacional, a tradição de anistias e a retórica do “acordo” foram analisadas com o objetivo de definir limites e possibilidades da democracia brasileira, moldada no legado do terrorismo de Estado, impune e permanente. O lema da transição que é incompleta – por esquecer, reconciliar e negar – é resultado de um processo legitimado no uso de passados e permanece fortemente inscrito na memória pública do país. Descobrir os passados em que ele se legitima é fundamental para desconstruí-lo e essa se torna uma tarefa ética imprescindível a nós historiadoras e historiadores. Assim, esse artigo é também um chamado. Não temos pretensão de delimitar “comos” e “porquês” a historiografia deve se envolver com a justiça de transição e com a transformação do presente. Antes de tudo, este é um convite ao debate, ao compartilhamento de teorias e experiências.


Palavras-chave


Justiça de Transição; Historiografia; Brasil; Impunidade.

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DOI: https://doi.org/10.15210/rsulacp.v6i1.17163

DOI (PDF): https://doi.org/10.15210/rsulacp.v6i1.17163.g11644

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ISSN 2317-5338

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