AUTODEGRADAÇÃO DE ADOLESCENTES SUBMETIDAS À MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO: UM ESTUDO EM RECIFE, PE

Érica Babini Machado, Milena Trajano Anjos

Resumo


O presente trabalho visa compreender existência e desenvolvimento de estigmas, além da mortificação das subjetividades de adolescentes do sexo feminino em cumprimento de medida socioeducativa de internação na cidade de Recife/PE, bem como o processo de desenvolvimento de fachadas que ocorre entre elas. Para tanto, procura-se analisar a construção social da criminalidade à luz da teoria da reação social, ou labeling approach, a partir de revisão bibliográfica. Em um segundo momento, analisa-se o discurso da socioeducação e da doutrina da proteção integral, a partir da realidade brasileira, chegando       à conclusão que o paradigma protetivo enseja um modelo de esteriotipação social, o qual afeta a subjetividade dessas adolescentes, que, por não estarem incluídas no que se entende por “adolescentes normais” veem-se e são vistas como “criminosas”; assumindo, então, esse papel em suas carreiras morais, numa típica manifestação do role-engulfment.


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