“Não somente fazer o Bem, fazer bem”: uma reflexão sobre as organizações civis e os modelos de gestão do social

Cláudia Tirelli

Resumo


A partir dos conceitos desenvolvidos pela chamada “política contestatória" norte-americana e dos estudos de James Scott sobre “roteiro público e roteiro encoberto”, o artigo problematiza   algumas teses recentes apresentadas pela literatura sobre sociedade civil e democracia no Brasil, as quais têm interpretado a utilização de ferramentas de planejamento e de gestão por parte das organizações civis como indicadores de processos de hegemonização por um projeto político neoliberal ou de colonização pelos atores e metodologias do mercado e/ou do Estado.

Os resultados parciais de um survey realizado junto às organizações que integraram o  programa

estadual “Rede Parceria Social” entre 2008 e 2010 reforçam as críticas a essas teses, na medida em que evidenciam a extrema heterogeneidade das organizações civis que atuam na área da  assistência no RS, o que as levam a interpretar e se apropriar de forma distinta das oportunidades políticas.


Palavras-chave


Sociedade civil, Estado, mercado, política contestatória, hegemonia

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