As Vidas paralelas de Lukács e Thomas Mann: do romantismo da desilusão ao humanismo engajado
Resumo
Este artigo procura mostrar o diálogo artístico e filosófico desenvolvido ao longo da primeira metade do século XX entre o pensador húngaro Georg Lukács e o escritor alemão Thomas Mann. A partir de uma abordagem inspirada na sociologia do conhecimento de Mannheim e na ênfase histórica nas individualidades de Burckhardt, trabalharei a partir de três dimensões: em primeiro lugar, as trajetórias intelectuais de ambos, e em que momentos elas se cruzam; em segundo, a inspiração que o messianismo de Lukács deu para a construção do polêmico personagem Leo Naphta do romance “A Montanha Mágica”, de Mann; por fim, como a obra ficcional deste foi interpretada pela crítica literária do húngaro.
Palavras-chave
Romance; Literatura Alemã; Sociologia do Conhecimento; Filosofia Alemã