ANALISES DE GRÃOS DE AMIDO E FITÓLITOS NAS TERRAS ALTAS DO SUL DO BRASIL: REPENSANDO A ECONOMIA E MOBILIDADE DOS GRUPOS PROTO-JÊ MERIDIONAIS
Resumo
Resumo: Este artigo apresenta os resultados das analises de grãos de amido e de fitólito de 14 fragmentos cerâmicos recuperados em duas estruturas de cocção domésticas de uma casa semissubterânea dos proto-Jê Meridionais no sítio Bonin (Urubici, Santa Catarina, sul do Brasil) que datam de 1350 e 1340 cal . yr. AD. A inédita aplicação de técnicas para estudos de plantas microfósseis nesta região revelou, pela primeira vez, o consumo da mandioca (Manihot esculenta), feijão (Phaseolus sp.), e, possivelmente, inhame (Dioscorea cf. sp.) além de milho (Zea mays) e abóbora (Cucurbita sp.). Estes resultados mostram que os proto-Jê meriodionais tiveram uma economia de subsistência baseada em uma ampla gama de alimentos de origem vegetal e praticavam a produção de alimentos mais de um século antes da conquista européia. Ao contrário do que os modelos tradicionais da mobilidade proto-Jê meriodionais, nossos dados sugerem que a produção de alimentos pode ter permitido que estas populações permanecessem o ano interio no planalto sul brasileiro, sem a necessidade de realizar movimentos sazonais para a escarpa e para a costa para adquirir a maior parte dos recursos alimentares. Nossos dados complementam evidências arqueológicas que paontam para o sedentarismo e a emergênica da complexidade social entre grupos proto-Jê do sul, incluindo a construção de grandes e bem planejadas aldeias de casas semissubterrâneas, e a criação de uma paisagem altamente estruturada no entorno de estruturas funerárias.
Abstract: This article presents the results of starch grain and phytolith residue analyses from 14 ceramic fragments recovered in two domestic cooking structures from a southern proto-Jê pit house at the Bonin site (Urubici, Santa Catarina state, southern Brazil) dating to 1280 and 1420 cal. yr. AD and 1280 and 1400 cal. yr. AD. The novel application of plant microfossil techniques in this region revealed, for the first time, the consumption of manioc (Manihot esculenta), beans (Phaseolus sp.), and possibly yams (cf. Dioscorea sp.) in addition to maize (Zea mays) and squash (Cucurbita sp.). These findings show that southern proto-Jê people had a subsistence economy based on a broad range of plant foods and practiced food production more than one century before European Conquest. Contrary to traditional models of southern proto-Jê mobility, our data suggest that food production may have allowed populations to settle in the southern Brazilian highland plateau year round without the need to carry out seasonal movements to escarpment and coast to acquire the most part of food resources. Our data complement archaeological evidence for sedentism and social complexity among southern proto-Jê groups, including the construction of large, well-planned pit-house villages, and the creation of a highly structured landscape revolving around funerary structures.
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DOI: https://doi.org/10.15210/lepaarq.v13i25.7369