Práticas docentes e relações raciais em uma creche do município do Rio de Janeiro
Resumo
Este artigo tem como objetivo descrever as relações raciais entre os profissionais da educação infantil, os bebês negros e seus responsáveis em uma creche do município do Rio de Janeiro. Os pressupostos teóricos são: a noção de racismo estrutural (FANON, 1968, 2008), de técnicas corporais (MAUSS, 2003, 2011), de identidade negra e de cabelo crespo (HOOKS, 2005) e nas contribuições de pesquisadores nacionais, como Gomes (2008), Figueiredo (2008) e Malachias (2007), entre outros. Os discursos construtores de subjetividades que reforçam a subalternidade da criança negra são produzidos na sociedade e reproduzidos no cotidiano escolar da educação infantil por meio das falas e ações dos profissionais da educação, como também nas dos responsáveis pelos bebês desvalorizando as características fenotípicas negras. Assim, apontamos para a necessidade de uma formação docente fundada nos pressupostos de uma educação antirracista.
Abstract: This article aims to describe the racial relations between the professionals of the nursery education, the black babies and their caregivers in a day care center in the city of Rio de Janeiro. The theoretical assumptions are: the notion of structural racism (FANON, 1968, 2008), body techniques (MAUSS, 2003, 2011), black identity and curly hair (HOOKS, 2005) as well as theories from other national researchers such as: Gomes (2008), Figueiredo (2008) and Malachias (2007) among others. The constructive of subjectivity speeches that reinforce the subalternity of the black child are produced in society and reproduced in the school daily life of children’s education through the speeches and actions of education professionals, as well as those responsible for infants devaluing black phenotypic characteristics. Thus, we point to the need for teacher education based on the assumptions of an antiracist education.
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