Por uma miltância sindical afirmativa, antirracista e decolonial

Josiane Nazaré Peçanha de Souza, Eliane Souza Peçanha

Resumo


O presente artigo discorrerá sobre o processo de consolidação de uma militância sindical antirracista, decolonial, interseccional, dentro de um sindicato dos profissionais da Educação Pública. Apresentaremos a construção de uma militância sindical cada vez mais atuante, em relação à luta pela implementação das ações afirmativas e na discussão interseccional, junto às redes públicas de nossa cidade, estadual e municipal, através da articulação do Coletivo de Combate às Opressões. O processo de consolidação da discussão e materialização da luta antirracista, decolonial foi potencializador para a construção de práxis insurgentes, dando visibilidade a outras epistemologias, articulando as ações afirmativas: as leis 10.639/03 e 11.645/08, que obrigam o ensino da história e cultura afrobrasileira, africana e indígena.


Abstract: This article will present the process of consolidating an anti-racist, decolonial, intersectional union militancy within a union of public education professionals. We will present the construction of an increasingly active union militancy, in relation to the struggle for the implementation of affirmative actions and in intersectional discussion, together with the public networks of our city, state and municipal, through the articulation of the Collective to Combat Against Oppressions. The process of consolidating the discussion and materialization of an anti-racist and decolonial struggle that potentializes the construction of an insurgent praxis, giving visibility to other epistemologies, articulating affirmative actions: the laws 10.639/03 and 11.645/08, which obligate the teaching of Afro-Brazilian, African and indigenous history and culture.


Palavras-chave


Militância sindical afirmativa, interseccional, Decolonial

Texto completo:

PDF

Referências


BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Brasília, DF, 2004

CAMPOS, Andrelino. Do Quilombo à Favela: a produção do “espaço criminalizado” no Rio de Janeiro. Rio de janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas. Los Angeles, Universidade da Califórnia. Ano 10, p. 171-188, 1º Semestre de 2002.

DANTAS, Carolina Vianna. Racialização e mobilização negra nas primeiras décadas republicanas. In.: CADERNOS PENESB, Niterói, n. 12, 4ª ed., p. 135- 146, 2013.

_________, ; MATTOS, Hebe; ABREU, Martha (org.). O negro no Brasil: trajetórias e lutas em dez aulas de história. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, p. 85-98.

FANON, F. Peaunouret masques blancs. Paris: Seuil, 1952.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz & Terra, 2004.

____________. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996;

GIROUX, Henry A. Os Professores como Intelectuais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade (tradução de Marcelo Brandão Cipolla) – São Paulo: Editora WMF Martins Fontes. 2013.

GONZALEZ, Lélia. ENTREVISTA À REVISTA SEAF, REPUBLICADA EM UAPÊ REVISTA DE CULTURA N.º 2 . “EM CANTOS DO BRASIL” A DEMOCRACIA RACIAL: UMA MILITÂNCIA. Acesso em: http://www.geledes.org.br/livros-e-textos-de-lelia-gonzalez/. Acesso em: 19 de abril de 2016.

MIGNOLO, Walter. Histórias Globais projetos Locais. Colonialidade, saberes e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Belo Horizonte. Ed. UFMG, 2003

MIRANDA, Claudia; RIASCOS, Fanny Milena Quinõnes. Pedagogias Decoloniais e Interculturalidades: Desafios para uma Agenda Educacional Antirracista. Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 21, n.3, p. 545-572, 2016.

MIRANDA, Claudia. Afro-colombianidade e outras narrativas: a Educação Própria como agenda emergente. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v.19, n. 59, p. 1053-1076, 2014.

MUNANGA, Kabengele. Construção da Identidade negra no contexto da globalização. CADERNOS PENESB, Niterói, n. 4, p. 61-83, 2002.

OLIVEIRA, Iolanda; GONÇALVES, Petronilha (orgs). Identidade Negra: pesquisas sobre o negro e a educação no Brasil. Rio de Janeiro. Anped, p. 17-36, 2003.

OLIVEIRA, Luiz Fernandes. História da África e dos africanos na escola: Desafios políticos, epistemológicos e identitários para a formação dos professores de História. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2012.

PEREIRA, Amilcar Araújo. Por uma autêntica democracia racial? Os movimentos negros nas escolas e nos currículos da História. Revista História Hoje, v. 1, p. 111-128, 2012.

SANTOS, N.S. Tornar-se negro. Rio de Janeiro: Graal, 1983.

SILVA, João Bosco da. Malcon X e o “racismo do capitalismo”. https://www.geledes.org.br/malcolm-x-e-o-racismo-capitalismo/. Acesso em: 15 de julho de 2018.

WALSH, C. Interculturalidad y colonialidad del poder: un pensamento y posicionamento outro desde la diferencia colonial. In: LINEA, A.; MIGNOLO. W.; WALSH, C. Interculturalidad, descolonización del Estado y del conocimiento. Buenos Aires: Educiones del signo, P. 17-51, 2014.

___________(org.) Pedagogías Decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. 1 ed., Equador: Abya Yala, v. 1, p. 15-18, 2013.




DOI: https://doi.org/10.15210/lepaarq.v16i31.14536

 
Contador de visitas