EXTENSÃO, PESQUISA E CURRÍCULO: A TRAJETÓRIA DA LIBRAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO

Lucio Jose Dutra Lord, Sergio Pereira Maiolini

Resumo


Este estudo analisa o processo de implementação da Língua Brasileira de Sinais, Libras, na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), iniciando pela oferta mediante cursos de extensão universitária, passando pela realização de projeto de pesquisa com interface em extensão, e depois se consolidando como disciplina no currículo de cursos de licenciatura e bacharelado. O objetivo do estudo foi investigar o processo histórico pelo qual se deu a implantação da Libras nessa instituição de educação superior para conhecer os avanços e identificar as limitações nessa modalidade de educação inclusiva. A metodologia utilizada foi a revisão da literatura, a análise da legislação, o estudo de documentos internos da universidade e a coleta de dados mediante entrevistas. Os dados coletados indicam que o ingresso da Libras no âmbito da UFMT se deu a partir de duas frentes: um interna, por demandas identificadas pelos docentes; outra externa na medida em que a legislação passou a estabelecer a obrigatoriedade da disciplina nos currículos das licenciaturas. Como conclusão são identificados aspectos que, ao limitarem o ensino/aprendizagem dessa língua, influenciam para uma inclusão parcial dos deficientes auditivos. Como alternativa a esse diagnóstico, o estudo defende a relevância das atividades de extensão como alternativa e como processo indissociável do ensino e pesquisa para a melhoria da formação na educação superior.


Palavras-chave


Política educacional. Extensão universitária. Língua Brasileira de Sinais.

Texto completo:

PDF EPUB

Referências


ANTUNES, Diego Roberto. Proposta de um modelo computacional para representação de sinais em uma arquitetura de serviço HCI-SL para línguas de sinais. 2015. 244 f. Tese (Tese em Informática do Setor de Ciências Exatas)–Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Disponível em: . Acessado em: 12 nov. 2018.

BOTAN, Everton. Ensino de Física para Surdos: três estudos de casos da implementação de uma ferramenta didática para o ensino de cinemática. PPGUFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil, 2012 (dissertação de mestrado).

BRASIL. Lei n. 10.048 de 8 de novembro de 2000. Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2000. Disponível em: . Acessado em: 18 dez. 2018.

______. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2000. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2018.

______. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2002. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2018.

______. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2004. Disponível em: . Acesso em: 23 fev. 2019.

______. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000a. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2005. Disponível em: . Acesso em: 10 set. 2018.

______. Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acessado em: 18 dez. 2018.

CAMPOS, Mariana de Lima Isaac Leandro. Educação Inclusiva para surdos e as políticas vigentes. In: LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de; SANTOS, Lara Ferreira dos (Orgs.). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à Libras e educação de surdos. São Carlos: EdUFSCar, 2018. p. 37-61.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. O Trabalho do Antropólogo. São Paulo: Unesp, 1998.

CARNIEL, Fagner. A reviravolta discursiva da Libras na educação superior. Revista Brasileira de Educação, Maringá, v. 23(e230027), 1-21, maio 2018. Disponível em: Doi: . Acessado em: 12 nov. 2018.

COSTA, Otávio Santos. Implementação da disciplina de Libras nas licenciaturas em municípios do interior de São Paulo. 2015. 85 f. Dissertação (Mestrado em Educação Especial)–Universidade Federal de São Carlos, São Carlos. Disponível em: . Acessado em: 12 nov. 2018.

DALLARI, Delmo de Abreu. Direitos Humanos e Cidadania. 2 . ed. São Paulo: Editora Moderna, 1998.

DOURADO, Luiz Fernandes. Educação e desigualdades sociais: vários olhares que se entrecruzam. In: MIRANDA, Marilia Gouvea de (Org). Educação e desigualdades sociais. Campinas: Mercado de Letras, 2016.

DUARTE, Rosália. Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Scielo Scientific Electronic Library Online, São Paulo, n. 115, 139-154, mar.2002. Doi: . Acessado em: 14 nov. 2018.

ESMERALDO, Mabel Rodrigues Alves. Percepção de surdos que receberam informações sobre saúde bucal na linguagem oral e na linguagem de libras. 2015. 103 f. Tese (Tese em Odontologia)–Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo. Disponível em: . Acessado em: 12 nov. 2018.

GARCIA, Adir Valdemar Garcia e HILLESHEIM, Jaime. Pobreza e desigualdades educacionais: uma análise com base nos Planos Nacionais de Educação e nos Planos Plurianuais Federais. Educar em Revista, Curitiba, Edição Especial n. 2, p. 131-147, set. 2017.

IHERING, Rudolf von. A luta pelo direito. São Paulo: Martin Claret, 2000.

IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico Brasileiro de 2010. Disponível em: . Acessado em: 19 out. 2018.

KRAEMER, G. M. Estratégia de governamento dos sujeitos surdos na e para a inclusão escolar. 2011. 145 f. Dissertação (Mestrado em Educação)–Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em: . Acessado em: 12 set. 2018.

O’DONNELL, Guillermo. Poliarquias e a (in) efetividade da lei na América Latina. Revista Novos Estudos CEBRAP. São Paulo, n.51, p.37-61 jul, 1998.

TRINDADE, Daniela de Freitas Guilhermino. InCoP: um framework conceitual para o design de ambientes colaborativos inclusivos para surdos e não surdos de cultivo a comunidades de prática. 2013. 168 f. Tese (Tese em Informática do Setor de Ciências Exatas)–Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Disponível em: . Acessado em: 19 nov. 2018.

SOUZA, Celina. Políticas públicas: uma revisão da literatura. Revista Sociologias, Porto Alegre, ano 8 nº 16, 20-45, jul/dez. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/soc/n16/a03n16. Acessado em: 23 nov. 2018.




DOI: https://doi.org/10.15210/ee.v25i1.17236

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2019 Expressa Extensão

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - Não comercial - Compartilhar igual 4.0 Internacional.

_____________________________________________________

 

_____________________________________________________

   

INDEXADORES, REPOSITÓRIOS, CATÁLOGOS E BASE DE DADOS

[PT] A Expressa Extensão é indexada nos seguintes espaços:

[EN] The Expressa Extensão is currently indexed in the following databases and cataloguess: 

 

INDEXADORES:
 
REPOSITÓRIOS:

      

 

_____________________________________________________

Revista Expressa Extensão, Pelotas/RS - Brasil - ISSN 2358-8195 
Pró-Reitoria de Extensão e Cultura 
UFPEL - PREC EDITORA