CARNAP, QUINE E O EMPIRISMO SEM DOGMAS
Resumo
Neste artigo, analisamos a contenda entre Rudolf Carnap e Willard van Orman Quine em torno do empirismo, tendo como foco a discussão acerca dos chamados dois dogmas do empirismo. Especificamente, Carnap e Quine são dois dos principais nomes da Filosofia da Ciência no século XX e, embora tenham sido amigos próximos, Quine foi um dos maiores críticos de Carnap. Nesta empreita, Quine atribuiu à obra carnapiana dois dogmas, a saber, os chamados dogmas da distinção analítico-sintético e do reducionismo. Esta imagem dogmática da obra de Carnap, não obstante, perpetuou-se de modo a constituir um retrato padrão da obra carnapiana dentro da Filosofia da Ciência. Contrários a esta interpretação de Quine, neste artigo, defendemos que o empirismo de Carnap não é dogmático, sendo alheio aos dogmas referidos por Quine. Consequentemente, argumentamos que, longe de discordarem no que tange a aspectos centrais do empirismo, Carnap e Quine estão de acordo em pontos decisivos acerca da concepção empirista da Ciência. De tal forma que, a principal divergência se encontra, não no empirismo, mas em suas respectivas propostas para a própria Filosofia da Ciência.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFApontamentos
- Não há apontamentos.
________________________________________________________________________
DISSERTATIO Revista de Filosofia
Universidade Federal de Pelotas - UFPel | Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
Departamento de Filosofia | Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Caixa Postal 354 | CEP 96001-970 | Pelotas, RS | Brasil
FILOSOFIA/TEOLOGIA: subcomissão FILOSOFIA
Revista licenciada pela Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. Com esta licença os leitores podem copiar e compartilhar o conteúdo dos artigos em qualquer meio ou formato, desde que o autor seja devidamente citado.
Indexadores:
Diretórios:
Associações: