Wittgenstein e a expressão de convicções

Diogo de França Gurgel

Resumo


Em um artigo intitulado “Whether certainty is a form of life”, Elizabeth Wolgast ataca por duas vias diversas a concepção witgensteiniana de proposição gramatical desenvolvida no Da Certeza. Ela acusa Wittgenstein de contradizer certas teses centrais das Investigações Filosóficas, ao estabelecer como significativas proposições sem uso em nossos jogos de linguagem correntes, e denuncia a precariedade da tese, supostamente presente no Da Certeza, de que proposições gramaticais descrevem nosso sistema de crenças. Procuro refutar ambas as objeções por meio de uma apresentação de evidências de que proposições gramaticais podem ter uso efetivo em jogos de linguagem correntes, e da demonstração de que uma mesma proposição pode, a um só tempo, descrever o uso das palavras em uma língua e servir como exemplo (modelo) de uso. Busco apoio no artigo de Debrah Aidun, “Wittgenstein on gramatical propositions”, para efetuar essa investigação sobre o estatuto das proposições gramaticais e faço complementações a seus argumentos de modo a aproximar o último Wittgenstein das pesquisas sobre os atos de fala conforme desenvolvidas por Austin e Searle.


Palavras-chave


Linguagem; Wittgenstein; pragmática.

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