HERMENÊUTICA ENTRE FILOSOFIA E LITERATURA; FUNÇÕES ÉTICAS DA IMAGINAÇÃO

Luiz Rohden, Valdinei Vicente de Jesus

Resumo


Partindo de uma suspeita, em geral negativa, que pesa sobre a imaginação, pretendemos, em primeiro lugar, aqui justificar a dignidade e a importância filosófica da imaginação na elaboração de textos literários. Em segundo lugar, vamos fundamentar algumas funções éticas que o texto literário comporta realizar e corporificar experimentos mentais sobre ideias, valores. E, por fim, atestar a contribuição impar que o jogo da imaginação exerce na solução dos hard cases da filosofia moral a partir de Ricoeur. Faremos isto, num primeiro momento, desenvolvendo pressupostos e implicações éticas oriundas da efetivação do jogo livre da imaginação na literatura. A seguir, explicitaremos algumas funções éticas da imaginação na filosofia moral em dois itens: inicialmente elucidaremos pressupostos e implicações éticas do uso da imaginação nos hard cases e, a seguir, ilustremos isso refletindo sobre um exemplo em Ricoeur. Ao final do texto, apresentamos indicações conclusivas acerca das funções éticas da imaginação.


Palavras-chave


Paul Ricoeur, Imaginação, Literatura, Ética, Casos difíceis.

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