As cores da complexidade: a cor de pele

Georgina Helena Lima Nunes

Resumo


Ao ter acesso à obra de Edgar Morin encontro-me com uma tendência muito destoante da que se faz presente no tempo em que ensinamos, aprendemos, pesquisamos, enfim, do tempo em que vivemos. É a tendência a estar sempre na busca da simplificação, do fragmento, dos recortes que concedem-nos as respostas para o que buscamos substituindo, dessa forma, a interrogação pelo ponto final. Colocar um ponto final, fazer o acabamento, o ritual dos retoques, a busca do encerramento é a contraditória possibilidade do fim como começo. Essa ambivalência entre término e começo acompanha-nos sempre e, na expectativa de fugir um pouco dessa (ir) racionalidade, tento dialogar com Morin buscando desequilibrar a minha própria lógica de fechamento em relação à possibilidade de criação e recriação de novos sentidos, às tarefas de pesquisar e também ensinar crianças negras, trabalhadoras e pobres de uma comunidade rural. chamado.

Palavras-chave: infância, complexidade, diferença.

 

The colors of complexity: the skin color

Abstract:
By accessing the texts of Edgar Morin, I find myself with a very diverging tendency from the one which is present in the time we teach, learn, research, which means, the time in which we live in, nowadays. It is the tendency to be always searching for simplification, searching for a fragment, searching for news or information which give us the appropriate answers to what we search for, substituting, then, the question mark for a final and definite answer. To reach a final answer, to do the final touch, the finishing touch ritual, the search for an end is the contradictory possibility of the end as a beginning. This ambivalence between end and beginning always follows us and, due to the expectation of being a little far from this rationality (or irrationality), I try to dialogue with Morin aiming at unbalancing my own logic of closing in relation to the possibility of creating and recreating new ways, to the tasks of researching as well as teaching the black children, all poor and hard-working, who live in a rural community.

Key-words: childhood, complexity, difference.