Formação de educadoras das escolas de educação infantil: saberes necessários à integração à vida
Resumo
Este ensaio trata da formação das educadoras das Escolas Municipais de Educação Infantil de Pelotas com base na Visão Biocêntrica, do Princípio Biocêntrico e de sua aplicabilidade na Educação Infantil. Fala-se das expectativas, das relações, da atuação pedagógica, dos processos de vida, das diferentes possibilidades de conhecimentos, das atuações pedagógicas, das dimensões integradoras dos afetos. Fazemos uma análise fenomenológica dos registros, das verbalizações das educadoras das escolas infantis colhidas nas vivências. As expectativas das educadoras nos ofereceram um “panorama fotográfico” das escolas infantis e da vida nesses espaços. Fazê-lo com carinho, diálogo e consideração pelo grupo, permite gostar das pessoas, do trabalho, do ambiente de trabalho, e permite o crescimento. Necessitamos vivenciar outros ritmos dos corpos, das faces, dos olhares, das alegrias que teimam em desobedecer aos rituais da mesmice. Das transmutações da insegurança, da vergonha, da ansiedade, surgem à coragem, a tranqüilidade, a calma emocionada e a esperança anunciada diante do outro e do mundo. Permanece o desejo das educadoras na necessidade de uma formação continuada constante que articula as experiências cotidianas com teorias que permitam construir uma “leitura” da escola numa teia de olhares.
Palavras-chave: formação, educação biocêntrica, biodanza, vivência, infância.
Educator development in nursery schools: knowledge needed for life integration
Abstract:
The theme of this paper deals with educator development in city nursery schools in Pelotas, Rio Grande do Sul state. A synthesis of the Biocentric View, the Biocentric Principle, and its application to Biocentric Education is presented. Expectations, relationships, pedagogical work, life processes, distinct knowledge possibilities, and the integrative dimension of affection are mentioned. We started with a phenomenological analysis of the nursery school educators’ expectations, which were expressed and collected in the verbal reports of their life experiences. The educators’ expectations have offered us a “photographic view” of nursery school and life. Taking these photos with affection, dialogue and respect towards group, makes it possible to like people, enjoy work and the environment, besides allowing development to happen. We need to experience other rhythms of sameness. Inner transmutations of insecurity, shame, and anxiety will lead to courage, tranquility, emotive quietness and hope towards others and the world. The educators keep feeling the need of an in-service program which links daily experiences and theories that allow nursery schools to be “read” through a web of different looks.
Key-words: educator development, biocentric education, biodanza, life experiences, childhood.