Tempo e memória: o que não está em jogo no campo do patrimônio cultural

Lucas Graeff

Resumo


Este artigo traz contribuições para o que se convencionou chamar “campo do patrimônio cultural”. Propõe que a doxa desse campo se organiza em torno da recursividade do tempo histórico e da naturalização da memória como substrato ontológico das consciências individual e coletiva. Sob esse ponto de vista, tempo e memória se confundem; duração e descontinuidade se tornam sinônimos de lembrança e esquecimento; a seletividade de grupos sociais e instituições se equivale à dos afetos e das ideias do indivíduo; e a domesticação simbólica da experiência, sua identidade e diferenciação, passa a ser garantida por genealogias e arqueologias dependentes de provas materiais de longa duração.

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Revista Memória em Rede, Pelotas/RS - Brasil - ISSN 2177-4129
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