O canto alentejano: formas de resistência e horizontes de expetativa

Dulce Simões

Resumo


A inscrição do Cante Alentejano na Lista Representativa do Património Cultural e Imaterial da Humanidade (LRPCIH) da UNESCO em novembro de 2014 criou expetativas nos detentores da herança cultural, que emanam da vontade coletiva pela dignificação de uma expressão cultural de homens e mulheres que têm formas próprias de acção e conquistas que lhes são imanentes. O passado impõe-se como elemento unificador de uma “comunidade de partilha”, definida pela distribuição de espaços, tempos e tipos de atividade que determinaram a maneira de uma classe subalternizada comunicar e fazer política. Neste texto procuro analisar a tensão progressiva entre experiência e expetativa, a partir da multiplicidade de relações sociais e políticas inerentes à hierarquização e domínio dos saberes musicais e às características da sua organização no tempo e no espaço. Os tipos de mudanças incrementais e a apreensão de dados a respeito do canto alentejano, como forma de resistência, convidam a pensar quem define e manipula na contingência, e com que finalidade, os sistemas simbólicos em determinados tempos históricos. Palavras-chave: Cante Alentejano; Cultura popular; Dominação e resistênci

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