DEPRESSÃO E TRABALHO DOCENTE: REFLEXOS NA DINÂMICA ESCOLAR

Priscila dos Santos Peixoto

Resumo


Os estudos sobre a depressão tem evidenciado um campo emergente de pesquisas. Segundo o Relatório de Saúde no Mundo de 2001, a depressão está em quarto lugar no ranque de doenças que proporcionam Anos de Vida para a Incapacidade (AVAI), e estima-se que até 2020 ocupe o segundo lugar, ficando atrás apenas das doenças cardíacas e isquêmicas. Nesse sentido, o ambiente escolar mostra-se propício para a manifestação de quadros depressivos entre os docentes, tanto pelas demandas de trabalho que acarretam um esgotamento do educador, quanto pelas frustrações da falta de reconhecimento e valorização do profissional da educação que é refletida, sobretudo, nos baixos salários. Entre 2009 e 2011, segundo dados estatísticos fornecidos pela Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul- Brasil, do total de pedidos de afastamento de professores de Santa Maria por motivo de saúde, aproximadamente 30% dos laudos médicos referem-se a casos de saúde mental, principalmente depressão e síndrome do pânico. Dessa forma, a proposta da pesquisa etnográfica no ambiente escolar busca compreender quais consequências esses pedidos de afastamento por motivo de depressão, causam à dinâmica escolar. Tanto a questão administrativa da escola, quanto o processo de construção de uma identidade deteriorada das professoras com sofrimento psíquico, são elementos a serem analisados de forma que as estratégias etnográficas levem a compreender os reflexos do fenômeno da depressão na vida pessoal e profissional das docentes que atuam em Santa Maria.

Texto completo:

PDF


DOI: https://doi.org/10.15210/hr.v19i19.12488

DOI (PDF): https://doi.org/10.15210/hr.v19i19.12488.g7815


Publicação Semestral do Núcleo de Documentação Histórica da UFPel - Profa. Beatriz Loner
Programa de Pós-Graduação em História da UFPel
Instituto de Ciências Humanas
Universidade Federal de Pelotas