A VOZ DO ESCRAVO: O ECO TRANSMISSOR DA CAUSA ABOLICIONISTA PELOTENSE

Mariana Couto Gonçalves

Resumo


A cidade de Pelotas, no transcorrer do século XIX, tornou-se proeminente na Província do Rio Grande do Sul devido ao poderio econômico gerado pela produção e exportação de carne salgada, desenvolvendo uma elite charqueadora e escravocrata. À medida que se estabeleciam novas charqueadas, a concentração de trabalhadores negros aumentava consideravelmente, chegando ao ápice em 1884, apresentando a maior porcentagem de escravos na Província. A partir da década de 80, a causa abolicionista alastrou-se pelo país e, em Pelotas, culminou na criação do jornal A Voz do Escravo, em 1881. O periódico nasceu com o propósito de ser o eco transmissor da campanha pela emancipação servil, tornando-se, dessa forma, a primeira manifestação impressa voltada exclusivamente à causa. Os escritores, jornalistas e redatores protestavam contra o trabalho escravo por meio de crônicas, críticas, denúncias, poemas e artigos. Assim, a publicação d’A Voz do Escravo é considerada a primeira fase da Abolição pelotense. Dessa forma, a comunicação visa elucidar sobre as primeiras demonstrações contrárias ao trabalho escravo e como o periódico foi determinante para acentuar estas discussões, criando as bases do Clube Abolicionista e relatando o assassinato do escravo Jerônimo – símbolo da luta contra a escravidão em Pelotas.

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DOI: https://doi.org/10.15210/hr.v19i19.12480

DOI (PDF): https://doi.org/10.15210/hr.v19i19.12480.g7807


Publicação Semestral do Núcleo de Documentação Histórica da UFPel - Profa. Beatriz Loner
Programa de Pós-Graduação em História da UFPel
Instituto de Ciências Humanas
Universidade Federal de Pelotas