POR SE TER QUEIMADO UMA PRETA ESCRAVA, COM O PRETEXTO DE BRUXARIA: FRONTEIRA, IMPUNIDADE E CRENÇA DOS SENHORES NO PODERMÁGICO-RELIGIOSO DESEUS CATIVOS (RINCÃO DE ARTIGAS / 1856)

Paulo Roberto Staudt Moreira

Resumo


Em janeiro ou fevereiro de 1856 uma escrava foi conduzida a um local prédeterminado,

distante da fazenda de seu senhor. Em uma espécie de auto-de-fé, esta preta africana foi

queimada ritualmente em um jirau. O senhor desta cativa, o Coronel Jerônimo Jacinto Pereira, foi

indicado como mandante. Propomos-nos neste artigo explorar este caso – não raro – que indica a

crença dos senhores no poder mágico-religioso de seus trabalhadores escravizados, principalmente

quando estes eram originários do continente africano. Além disso, este evento ocorreu no Rincão

de Artigas, zona até hoje litigiosa entre Brasil e Uruguai, possibilitando-nos discutir a situação

regional fronteiriça e suas diversas implicações.


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DOI: https://doi.org/10.15210/hr.v16i16.12232

DOI (PDF): https://doi.org/10.15210/hr.v16i16.12232.g7701


Publicação Semestral do Núcleo de Documentação Histórica da UFPel - Profa. Beatriz Loner
Programa de Pós-Graduação em História da UFPel
Instituto de Ciências Humanas
Universidade Federal de Pelotas