AGREGAÇÃO DE UM GLEISSOLO SUBMETIDO A SISTEMAS DE CULTIVO E CULTURAS

Rogério O. SOUSA, Eloy Pauletto, Jesus Borges, Algenor Gomes, João Silva, Volnei Leitzke

Abstract


A agregação do solo é um dos atributos mais importantes para garantir altas produtividades agrícolas. No entanto, há dificuldades na manutenção de um bom estado de agregação do solo, pois quando este é submetido ao cultivo tende a perder a estrutura original pelo fracionamento dos agregados maiores em unidades menores. Realizou-se no Centro Agropecuário da Palma, pertencente à Universidade Federal de Pelotas, por três anos a partir da safra agrícola 95/96, um experimento onde foram avaliados o diâmetro médio ponderado e a distribuição percentual do tamanho de agregados estáveis em água de um Gleissolo Háplico submetido ao monocultivo do arroz irrigado (convencional, cultivo mínimo e plantio direto) e à rotação de culturas com diferentes plantas de cobertura sob plantio direto, em diferentes profundidades. Após três anos de cultivo, a maior concentração de agregados estáveis em água ocorreu na classe 9,52 – 4,76 mm, para todos os tratamentos na profundidade 0 - 2,5 cm. Ao longo do perfil, entretanto ocorreu um aumento de agregados na classe 1,0 – 0,25 mm, em detrimento da concentração de agregados da classe de maior tamanho. A maioria dos sistemas de cultivo afetou negativamente a distribuição percentual de agregados quando comparados com o solo mantido sem cultivo. Os tratamentos que envolveram rotação de culturas em plantio direto foram os que mais contribuíram para a obtenção de macroagregados e dos maiores valores do diâmetro médio ponderado na camada superficial (0,0 – 2,5 cm), com resultados semelhantes à testemunha (solo mantido sem cultivo).

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