REDUÇÃO DA TOXIDEZ DE ALUMÍNIO EM RAÍZES DE SOJA POR CULTURAS ANTECESSORAS NO SISTEMA PLANTIO DIRETO

Antonio NOLLA, Jairo Schlindwein, Ibanor Anghinoni, Egon Meurer

Abstract


As plantas produzem exsudatos radiculares que podem diminuir a fitotoxidez do alumínio em condições de baixo pH do solo. Este estudo foi realizado para avaliar a capacidade dos exsudatos de espécies de plantas antecessoras ao cultivo da soja, utilizadas como cobertura do solo no sistema plantio direto, de reduzir a toxidez de alumínio para essa cultura. Para tal, cultivaram-se plântulas de soja em tubos de ensaio contendo soluções extraídas de um Latossolo Vermelho Distrófico típico de parcelas no campo que estiveram sob pousio e de parcelas cultivadas com nabo forrageiro, ervilhaca e aveia preta, nas quais se adicionou alumínio em três concentrações na solução (0,0; 0,15 e 0,3 mmol L-1). Constatou-se maior comprimento das raízes de soja, as quais foram mais finas e com maior área superficial, até a dose de 0,15 mmol de Al+3 L-1 na solução do solo cultivado anteriormente com nabo forrageiro. Na maior dose adicionada, 0,30 mmol de Al+3 L-1, o comprimento das raízes de soja foi pequeno e as raízes foram grossas, com menor área superficial, independentemente da espécie cultivada. O nabo forrageiro apresentou a maior capacidade de reduzir a toxidez do alumínio para a soja, possivelmente, pela maior concentração de cálcio e magnésio na zona da rizosfera e pela produção de compostos orgânicos que complexam o alumínio em solução.

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