A EDUCAÇÃO DO OLHAR SENSÍVEL NA INFÂNCIA A PARTIR DO PROFESSOR–PROPOSITOR
Resumo
Neste texto compartilhamos algumas reflexões sobre o espaço da arte na infância, a partir de uma investigação feita em uma escola pública de ensino fundamental de Pelotas/RS. Partindo da perspectiva adotada pela artista plástica Lygia Clark, averiguamos os efeitos de práticas pedagógicas de proposição em arte, voltadas a crianças oriundas de classes populares. Trabalhamos no sentido artístico-afetivo por meio de um estudo de caso (GIL, 2002), onde a noção de professor-propositor é vista como um deflagrador de mudanças no campo educacional. Este se aproxima de uma corrente teórica que aposta na integralidade entre sentir e pensar como prática pedagógica em arte. O embasamento teórico tangenciou os conteúdos do currículo escolar, com ênfase no ensino da arte, desvelando a necessidade de reconstruir a ação cotidiana, à luz das contribuições conceituais, por meio de proposições feitas aos educandos, com a intenção de gerar estados de invenção (MARTINS, et al 2009). Os elementos fundamentais ao desenvolvimento cognitivo infantil, como a autoconfiança, a alegria, as descobertas e os medos foram respeitados, bem como o ritmo individual de cada educando. Espera-se contribuir com aportes criadores e de conhecimento que permitam (re)pensar a arte na escola, especialmente no momento atual, em que o estético facilita a ligação da arte com a vida, dentro e fora da sala de aula.Palavras-chave: Educação em arte. Ensino fundamental. Prática docente.