ARTE E COLECIONISMO EM PELOTAS ENTRE O FINAL DO SÉCULO XIX E MEADOS DO SÉCULO XX
Resumo
Este trabalho reflete algumas das relações entre arte, práticas de colecionamento, memória social e museus. Toma por referência as doações realizadas no âmbito de uma mesma família: a Coleção Faustino Trápaga, atualmente no Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG), e a doação de Carmen Trápara Simões, do prédio - juntamente com obras de arte -, que serviria de sede para Escola de Belas Artes de Pelotas (1949-1973). Aborda, assim, o contexto de formação dessas coleções, em relação ao papel social assumido pelos membros da referida família e ao contexto da arte local entre o final do século XIX e meados do século XX. Apresenta alguns dados obtidos em pesquisa realizada nos arquivos do MALG e de jornais do período. Reflete como as coleções artísticas podem ser entendidas em uma lógica de legitimação social, de institucionalização das artes e de construção da posteridade de quem coleciona, baseando-se em Paulo Knauss (2001), Cícero Almeida (2012) e Regina Abreu (1996). Faz parte de pesquisa desenvolvida pela primeira autora no mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural (PPGMP/UFPel), sob orientação dos demais autores.