Sintomas da arte/educação em tempos de censura

Renan Silva do Espirito Santo, Ursula Rosa da Silva

Resumo


O presente trabalho busca analisar por meio do ensino da arte no Brasil as formas expressas da prática artística, dentro e fora da sala de aula, durante o período de censura no país. Através das atividades encontradas nas escritas da arte-educadora, e até então diretora do Museu de Arte contemporânea de São Paulo (MAC-USP), Ana Mae Barbosa, e nos diversos registros do crítico de arte, curador e diretor responsável pelos projetos educativos do então Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), Frederico Morais, é possível traçar algumas características marcantes dentre esses espaços e formas de educar através da experiências proporcionadas contidas nas artes visuais. No decorrer desse processo, é possível se deparar com a livre-expressão como prática visualmente excludente, dentro de sala de aula; do surgimento da prática da mediação em museus de arte e em instituições culturais, contrapondo-se ao sistema de ensino artístico do ensino primário, voltando-se para uma educação do olhar; além da crescente e forte presença da arte-educação, como uma forte estrutura que ativa um espaço contido no outro, ou seja, a escola no museu de arte e o museu de arte na escola. O estudo desses movimentos do ensino da arte possibilita revisitar algumas dessas práticas e analisar criticamente, frente a sua própria contemporaneidade, equiparando tempos e aprendizados, permitindo dessa forma identificar sintomas de uma prática artística/educativa histórica.


Palavras-chave: Arte/educação. Censura. História da arte.


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